Dez copas

  As dez Copas da minha vida, até agora.

Olá leitores.


É normal que o último texto do ano seja uma retrospectiva e eu vou tentar fazer uma, de todas as Copas do Mundo que eu vivi.

Eu nasci em um ano de Copa. Um mês antes. Me deram o nome de Diego. Chegou a Copa e a Argentina ganhou com grande desempenho de Diego Maradona. O Brasil se encheu de Diegos. Meu nome se tornou extremamente comum. E até hoje onde posso evito me apresentar como Diego. Dois dos principais skatistas da minha cidade quando eu andei de skate eram diegos.  Já estudei ao lado de outros cinco diegos. Servi o Exército ao lado de outros nove. 

Quatro anos depois houve a primeira copa em que eu sabia o que estava acontecendo. Eu sabia que o Brasil tinha perdido e que as pessoas tinham ficado com raiva. Mesmo não sabendo o que era Brasil.

Quatro anos depois. Pela primeira vez consegui assistir aos jogos. Entre outras lembranças maravilhosas daquela copa pude ouvir o Pelé comentando. 

Na Copa seguinte eu fiquei sabendo que um jogador que tem muitos patrocínios precisa jogar. Mesmo que esteja loucão de remédio e sem condições de jogo, porque o dinheiro de alguns é mais importante do que a chance de vencer a competição. Tudo bem.

Japão-Coreia. Um goleiro sensacional da Alemanha. Um jogador com muitos patrócinios que tinha que ser titular mesmo não jogando porra nem uma no Brasil. No final o goleiro estava machucado e o brasileiro patrocinado conseguiu fazer dois gols. Galvão Bueno ficou gritando que ele tinha que ser eleito o melhor jogador. Esquecendo que ele não tinha jogado porra nem uma a copa toda. Por sorte, pelo menos o prêmio de melhor jogador foi dado com justiça a Oliver Kahn. O melhor jogador daquela competição com sobras não perdeu sua merecida bola de ouro só por se machucar no último jogo. E aquele jogador patrocinado maldito não conseguiu afundar mais uma copa com seus contratos que obrigavam o técnico a deixar ele sendo titular mesmo sem jogar nada. Ganhamos apesar de toda maracutaia de técnicos, dirigentes e jogadores safados, mas eu nem consegui comemorar. Foi muito sem graça. 

Copa seguinte o patrocinado não estava loucão de remédio estava enorme de obeso e sem jogar nada, mas os patrocinadores faziam ele continuar jogando. Aí foi demais não teve como a Seleção ter chance. 

Copa na África. Os africanos ficaram com raiva porque um jogador do Uruguai defendeu um gol com a mão. Mesmo tendo sido expulso e tendo sido marcado pênalti. Tinham que ficar com raiva do infeliz que conseguiu perder o pênalti. 

Copa no Brasil. A parte mais chocante foram os vagabundos do Parreira e do Filipão dizendo que estava tudo maravilhoso na Seleção e nada devia ser mudado. Como nossos técnicos são horríveis. Incrível que eu tenha visto dois títulos mesmo com esses dois imbecis atrapalhando.

Copa na Rússia. Voltei a assistir futebol desde a final da Copa anterior. A França jogou muito.

Copa deste ano. Não podemos ter um técnico que preste. O jogador patrocinado virou dirigente. E um bom dirigente. Todo o desprezo e nojo que eu sentia por ele quando jogador se dissipou. Eu sei que ele estava certo. Se quem decide a escalação são os patrocinadores, ter bons patrocinadores é mais importante que jogar bem, não usar drogas ou manter o peso. Certo? 

Como a Copa terminou a pouco, encerro o ano pensando o que vou estar fazendo na próxima Copa. Toronto e Nova York serão cidades sede. Já pensou como vai ser legal andar por lá? 

Feliz 2023 para todos e feliz Copa de 2026 também!

diegosergioadv@gmail.com

    

        



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