A Nike e o Skate

  Olá leitores.


Tenho acompanhado algumas notícias de skate, principalmente da nossa medalhista olímpica Rayssa Leal, então vejo uma oportunidade de conversar sobre algo que aconteceu assim que foi decidido que o skate seria disputado em pelo menos uma disputa de jogos olímpicos.

Uma empresa muito conhecida, a Nike viu no skate uma oportunidade. Eles já patrocinavam alguns skatistas e vendiam tênis de skate há algum tempo, mas viram nos jogos olímpicos de Tóquio a oportunidade de fazer propaganda de roupas do dia a dia, o que eles chamam de produtos de estilo de vida. A Nike é uma grande marca a muito tempo mas não estava satisfeita com a quantidade de vendas nesse setor.

Os jogos olímpicos em regra não são um evento muito convidativo para marcas. No tempo que a União Soviética era a grande potência esportiva eles conseguiram impor regras "anti capitalistas", banindo da competição grande parte dos patrocinadores e proibindo atletas muito patrocinados de competir. Por exemplo, os jogadores de basquete que jogavam na liga profissional dos Estados Unidos a NBA não podiam competir nos jogos olímpicos, que deveriam ser disputados por atletas com salários menores. A União Soviética acabou há algum tempo, mas algumas regras persistem. Patrocinadores em roupas ainda são proibidos, com exceção das marcas dos uniformes e equipamentos.

A Nike historicamente tem tentado furar essas regras e usar os jogos olímpicos para se divulgar de forma irregular. Em 1992 nos primeiros depois da queda da União Soviética e os primeiros em que os jogadores da NBA iam poder competir eles conseguiram contrato para que os jogadores jogassem com produtos Nike mas no pódio eles teriam que receber as medalhas com um uniforme da Reebok. Para evitar que o nome da Reebok aparecesse, os atletas dobraram as golas de formas estranhas e alguns usaram bandeiras para esconder a marca. Esse foi o primeiro caso, mas de lá para cá a Nike tem sempre aprontado pequenas quebras de contrato, aparecendo em lugares em que não devia.

O skate tem a particularidade de que é possível competir com roupas muito variadas, foi uma oportunidade para a Nike aparecer com roupas do dia a dia em uma competição de jogos olímpicos. Ela firmou patrocínios com as delegações de Brasil, Estados Unidos, França e Japão. Lugares onde aconteceram os últimos dois jogos olímpicos e onde vão acontecer os próximos dois. 

Foi um sucesso absoluto porque ela conseguiu fazer pódios inteiros. Atletas de países diferentes, comercialmente estavam na mesma equipe. Eu não sou um fã na Nike e acho as atitudes de quebra de contrato deles lamentáveis, mas não tive como deixar de ficar feliz com a oportunidade que eles deram a Rayssa Leal, a skatista brasileira, ia ser muito difícil ela conseguir chegar onde tem chegado sem o dinheiro da Nike.

Essas coisas me fazem perceber como os esportes para as marcas são apenas um negócio. Tudo bem, não é um problema, é só uma informação. 


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Rayssa Leal em imagem publicitária da Nike

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