ARENAS

  ESPORTE PERTO E ESPORTE LONGE.


        


           

        Olá leitores.


O texto elaborado desse mês quase não saía.

Eu tinha planejado escrever no dia 14 de tarde, depois do concurso que eu ia fazer. Mas aí eles descobriram que era o Dia das Mães e adiaram. Isso confundiu minha cabeça toda, mas finalmente estou aqui. Vou falar de assuntos que deveriam estar espalhados em vários textos mas que por falta de inspiração vão ter que ser reunidos aqui. Primeira coisa, eu queria falar que eu completei 300 dias estudando no Duolingo. Eu estudo inglês e japonês lá. Então eu aproveito para fazer uma explicação que eu já fiz, mas que vale a pena fazer de novo. Eu não sou fã daquele país do norte das Américas que nem nome tem e que se apresenta como américa, nem sou fã do rei da Inglaterra e dos países súditos dele como o Canadá, nem sou fã do Japão aquele país escroto que praticou as maiores atrocidades do século XX e hoje mesmo estava aí se fazendo de bonzinho. Eu estudo a língua e a cultura desses países como um ranger de Dungeons and Dragons aprendendo o idioma e a cultura de seus inimigos prediletos, só isso. (Quem não souber o que é um Ranger de Dungeons and Dragons continue lendo meus textos em um momento futuro eu explico.)

Dito isso, não posso ser infantil de dizer que tudo que vem desses países é ruim. Seria uma mentira. O Canadá e o outro país do norte entendem de esporte como ninguém mais no mundo. As ligas profissionais que englobam aqueles dois países são uma coisa sensacional. Se você gosta de esporte, escolha um time de basquete e hóquei no gelo para acompanhar, você vai aprender muito sobre eventos, sobre profissionalismo, sobre a importância de valorizar as comunidades onde os times estão sediados.

Mesma coisa Japão. Eu pratico judô, um sistema de defesa pessoal criado por um japonês. Mas não por um japonês qualquer, por Jigoro Kano. Esse homem foi um japonês com ideias alienígenas. Os princípios que regem o judô nada tem a ver com as ideias absurdas que regem a vida de outros japoneses. Ele não defende o egoismo, ou a hipocrisia, ou o tradicionalismo burro que seus compatriotas defendiam e ainda defendem. Ele foi um homem internacional com ideias revolucionárias úteis para o desenvolvimento de toda a humanidade. Por isso na Coreia do Sul, um país onde o ódio pelo Japão e a denúncia de seus crimes é parte da cultura e da história, a prática do judô é altíssima. 

Em resumo é isso, posso denunciar os crimes praticados por aquele país de língua saxônica que não escolheu um nome para si, ou os crimes praticados pela monarquia inglesa e seus países, ou os crimes praticados pela monarquia japonesa sem deixar de torcer por um time de basquete de Nova York, sem deixar de acompanhar Fórmula 1 com suas fábricas sediadas na Inglaterra, e sem deixar de praticar judô que foi desenvolvido por alguém que era japonês mas era gente boa.

Relembrando e resumindo coisas que já falei em outros textos. Depois de pensar sobre um personagem de um livro muito famoso chamado "O Velho e o Mar" eu decidi que não ia mais fazer questão de assistir esporte ao vivo, porque se o personagem daquele livro conseguia acompanhar e se emocionar com jogos de beisebol nos EUA mesmo morando em Cuba e não tendo tempo para sair atrás de uma televisão. Já que ele acompanhava basebol através de jornais usados, eu também não preciso ver nada ao vivo. 

Eu comecei a acompanhar muita coisa através de notícias. Porque assim é possível acompanhar mais em menos tempo. Mas os esportes dos EUA continuaram fora dos meus interesses. Até que a NBA, a principal liga profissional de lá, anunciou transmissões de graça na internet. Assim. Eu não estava disposto a me sacrificar para ver esporte ao vivo, mas quando ele vem a mim de graça e com facilidade eu não tenho porque não dar uma olhada. Então eu fui assistir. Era dia 31 de maio de 2021 o jogo foi Atlanta Hawks contra New York Knicks. Os Knicks perderam e foram eliminados. Mas eu gostei muito do espetáculo. Da participação da comunidade. O pessoal que mora perto do time pode ir se apresentar nos intervalos. Pessoas importantes são homenageadas e problemas locais são discutidos. Não é que eu tenha realmente proximidade com qualquer comunidade daquele país, mas é que eu vi que era uma maneira de aprender e fazer o mesmo aqui. Os eventos esportivos na minha cidade precisam seguir essa mesma ideia. Independente do esporte que está sendo disputado, os artistas locais precisam ter o espaço para apresentar sua arte e as pessoas precisam ter o espaço para contar seus problemas. Eu não tinha e não tenho interesse em acompanhar todos os times da NBA, então decidi escolher o perdedor do primeiro jogo que eu assisti. Virei torcedor do New York Knicks o time da Ilha de Manhattan.

Na primeira temporada que eu acompanhei inteira eles foram saco de pancada e não conseguiram passar para os playoffs, a fase de mata-mata. Esse ano pela primeira vez eu acompanhei eles vencendo uma série de playoffs. Foi legal demais. Na segunda série, na semifinal da Conferência Leste eles perderam. Mas daqui a pouco começa outra temporada. O mais impressionante para mim da Arena onde os Knicks jogam é que ela é compartilhada com um time de Hóquei no gelo. Eles desmontam a quadra de basquete revelando que embaixo dela fica um congelador. Aí eles colocam água no congelador, congelam e montam a quadra de hóquei. Quando o jogo de Hóquei acaba, volta a de basquete e fica nisso.

Mas por mais que seja divertido acompanhar esporte nas quadras do primeiro mundo também é bom acompanhar esporte pessoalmente. E eu tenho feito isso nas quadras do SESC, que não tem o glamour do Garden ou do Kodokan, mas possibilitam a prática do meu esporte principal, o Judô. Na verdade, a parte esportiva do judô é só uma fração de algo bem maior, mas para simplificar dá para chamar judô de esporte como se ele fosse "apenas isso". E meus colegas de academia esse fim de semana foram ao SESC de Fortaleza para lutar no Cearense. Todos eles estão de parabéns, mas eu tenho que destacar três. Na NBA tem isso né? O jogador mais importante em um jogo é o MVP. Pois vou eleger aqui meus MVPs.

LUIZ, esse rapaz tem me ajudado muito, ele é bem mais leve do que eu mas tem sido meu parceiro na maioria dos treinos. Ele foi a Fortaleza, venceu duas lutas e trouxe a medalha de prata. não percam a oportunidade de vê-lo lutando pessoalmente da próxima vez que ele lutar aqui perto. Eu vou avisar. Luiz tem um contra-ataque muito forte. Ele demora a tomar a iniciativa de atacar mas não foge da luta. Assim que é atacado, ataca de volta. É muito interessante de ver.

VITÓRIA é irmã de Luiz, e também é sensacional, ela venceu duas lutas e pegou ouro. Ela luta indo em direção da adversária. Demonstra muita confiança. Quem puder não deixe de ver os dois lutando na próxima oportunidade. Nem precisa ser ao vivo, nossas lutas ficam gravadas no canal da FECJU no Youtube.

BRENNA SENPAI, essa moça tem sido muito importante para minha equipe e para mim. Outubro passado a Vitória, ganhou uma medalha de ouro mas recebeu prata, e a Brenna brigou com todo mundo até conseguir a medalha certa. Ela ainda não é faixa preta e não pode ficar na área técnica, mas aceitou meu pedido para ser minha técnica. Tem tido que ler minhas rabugices pelo que eu sou muito grato.

Gente esses três são os MVPs da minha equipe a Ikigai Dojô, segundo a minha escolha, mas minha equipe tem muito mais gente. Não deixem de nos acompanhar. Muita coisa legal ainda vai vir. Mesmo que você não seja um atleta, seja um artista ou militante. Ande com a gente, vista a nossa camisa. Precisamos de todo tipo de membro da comunidade nos apoiando. Se até o New York Knicks com toda sua montanha de dinheiro, e jogando na arena esportiva mais badalada do mundo não é ninguém sem sua comunidade, quanto mais nós. Nos apoie. Precisamos de você.

Eu ainda sou apenas um aluno de judô (faixa amarela), mas dou aula de xadrez e pretendo acrescentar judô a meus projetos tão logo tenha conhecimento suficiente para isso, toda ajuda é bem vinda.

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